Crescer... (Tiago Villano)




















Desesperar-se é deixar de esperar? (des-esperar) ou deixar de ter esperança? Por que existe a sensação da “insignificancia”? Assim, enquanto continuo em minha lavoura, toda fé se esvai, se dissipa e toda a vida se torna vácuo - NADA. Morte e vida se unem numa união serena. Todos os cheiros e sons da natureza trazem à mim a voz de Deus, que se manifesta em intervalos de silêncios. Sua face oculta se manifesta e então, me esvazio ainda mais. Os opostos se tornam ainda mais transparentes: o sagrado, o profano. A beleza, a miséria. O tédio, a avidez. A maravilha, a desgraça. A impermanência das coisas e da vida escancara a existência. Nada se cria, nem se destrói – mutação contínua. União perene. Seria essa lucidez uma benção? Ou um demônio particular? (Tiago Villano) Citação: “O carvalho mesmo assegurava que só semelhante crescer significa: abrir-se à amplidão dos céus, mas também deitar raízes na obscuridade da terra; que tudo que é verdadeiro e autentico somente chega à maturidade se o homem for simultaneamente ambas as coisas: disponível ao apelo do mais alto céu e abrigado pela proteção da terra que oculta e produz.” (Heidegger)

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