Jean-Yves Leloup

Há muitos que falam ou sonham de amor, mas poucos que atravessam a porta e começam realmente a amar.
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São os solitários e aqueles que se tornaram simples que entrarão na câmara nupcial, pois – através da unidade que eles realizaram, da solidão que eles aceitaram – eles tornaram-se capazes de encontrar o outro enquanto outro, sem reduzi-lo a suas carências e aos seus desejos. Apenas eles sabem realmente o que são as bodas.

A comunhão dos solitários é o fundo do poço que une-se ao fundo do outro poço, enquanto suas margens mantém-se distantes. “União sem confusão, sem separação” – união das pessoas na sua profundeza ou sua plenitude.

Também poderíamos ouvir o fato de que muitos estão diante da porta do Reino... mas que apenas aqueles que foram até o âmago da sua solidão, que se simplificaram até chegarem à Transparência pacífica do Ser essencial e do Ser existencial, conhecem as Bodas do Criado e do Incriado, União verdadeira “sem confusão – sem separação” entre Deus e o homem.

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