
Hidden

Na noite passada eu sonhei...

Antes de dormir, fui dormir com o gosto de carvalho em minha boca, gosto de húmus, com perfume doce de um vinho que não se repetirá. No sonho, sangue e algodão... são cores que enxergo em uma sinestesia desenfreada. Noite? Dia? No céu azul eu via o sol mas também a lua... Acordei do sonho dentro do sonho. Ah! era um sonho lúcido... Via-me num grande campo verde, rodeado de animais selvagens que me observavam, a espreita... Não tinha medo, estava prenhe de uma alegria serena e um sorrido juvenil... sabia que era perigoso mas evitava dar passos p/ trás... Me arriscava como quem provoca a morte sabendo que não se morre no mundo da própria criação... Eu tinha o controle de tudo menos de uma coisa: o desejo e o medo... E corria p/ o precipício sabendo que não devia, que não podia... mas queria aprender a voar mesmo sabendo que minhas asas estavam na mão de uma mulher... E caía em camera lenta, despencando do nada ao nada... num sonho estranho, sem interpretação ou explicação...
caminhos
Quero sombra mas também quero o clarão da lucidez
que cegou o velho sábio com os inigmas da existencia
Eu quero água, e também quero vinho
Aqui onde estou, posso estar acompanhado
Mas também posso estar sozinho.
Nos becos por onde caminho
Poucos são aqueles que encontro
Mas quando os vejo, digo-lhes: não me siga amigo
Caminhe ao meu lado onde as margens se cruzam mas não se destinam.
Eles podem se cruzar, mas por onde exploro meus passos
Não há nada além de mim mesmo
E assim que os pássaros se aquietam e o silêncio ressoa
Fundo-me na plenitude do Vazio - sou o que sou
sondei meus labirintos...
Assinar:
Postagens (Atom)